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INTRODUÇÃO

Ao estudar amostras de afloramentos na área do "Projeto Carvão na Bacia Amazônica", nossa atenção foi despertada pela presença de uma fauna de quitinozoários completamente atípica. Embora bastante abundantes, os indivíduos apresentam dimensões extremamente reduzidas.

Tal fato levou-nos a pesquisar detalhadamente o assunto e podemos concluir tratar-se realmente de uma invulgar fauna anã de quitinozoários, dotadas de características próprias e resultante, provavelmente, da insuficiência de micronutrientes, o que impediu o seu desenvolvimento anormal, ou de alguma marcante alteração ambiental.

Segundo o geólogo Felicissimo Rosa Borges, as amostras foram coletadas à margem do Rio Mapuera, 1,7 km à jusante da foz do Igarapé do Cachimbo (Fig. 1), onde afloram intercalações de silte e arenito por uma extensão superior a 4 km, com espessura entre 6 a 17 metros, que são cobertos por folhelhos cinza-escuros da Formação Curuá (Neodevoniano) que afloram ao sul, como também, em alguns casos, no mesmo afloramento.